O acompanhamento psicológico é um trabalho que proporciona o reconhecimento dos sentidos atribuídos às nossas experiências, que acontecem sempre em relação (com as pessoas, com objetos, com conhecimento). À partir desse reconhecimento torna-se possível mudar essas relações, de maneira que elas sejam mais saudáveis e com mais sentido para cada um.
Crianças, adolescentes e adultos chegam à clínica apresentando as mais diversas formas de sofrimento. A neurodiversidade, assim como as características específicas do desenvolvimento de pessoas TEA, TDAH, TOD, são por vezes incompreendidas, gerando conflitos quanto às expectativas sociais, padrões de comportamento, adaptação aos ambientes. Tais conflitos surgem aliados à questionamentos sobre identidade, sobre como lidar com as emoções, sobre o seu lugar no mundo, sobre parentalidade, sobre frustração, sobre como lidar com o outro e consigo mesmo.
Assim, o acompanhamento psicológico se faz como espaço e relação propícia para o desenvolvimento de segurança, elaboração das emoções, ponderar possibilidades novas ante conflitos, tornar-se mais ciente de seus desejos e potencialidades, encarar angústias e limitações. Ademais, o acompanhamento faz-se espaço sigiloso para o sujeito experimentar ser quem é e quem deseja ser.